Mapa conceitual
Exemplo de aplicação de mapa conceitual na estrutura de um
software livre.
A teoria a respeito dos Mapas
Conceituais foi desenvolvida na decáda de 70 pelo
pesquisador e navegador norte-americano Joseph Novak, com vistas
à facilitar a administração, ao nível de Comando e Estado Maior, de uma
companhia de navegação. Ele define mapa conceitual como uma ferramenta
administrativa, para organizar e representar o conhecimento, de forma
geral, sendo basicamente um aperfeiçoamento do conhecido organograma, somente
que, bastante, e muito detalhado, com fins de ser utilizado em trabalho de
equipe e/ou em colegiado.
O então chamado mapa conceitual, foi originalmente baseado na teoria da aprendizagem
significativa de David Ausubel. A aprendizagem pode ser
dita significativa quando uma nova informação adquire
significado para o aprendiz através de uma espécie de ‘ancoragem’ em aspectos relevantes da estrutura cognitiva preexistente do indivíduo. Na aprendizagem significativa há uma
interação entre o novo conhecimento e o já existente, na qual ambos se
modificam. À medida que o conhecimento prévio serve de base para a atribuição
de significados à nova informação, ele também se modifica. A estrutura
cognitiva está constantemente se reestruturando durante a aprendizagem
significativa. O processo é dinâmico; o conhecimento vai sendo construído.
Podemos dizer que mapa conceitual é uma representação gráfica em duas ou
mais dimensões de um conjunto de conceitos construídos de tal forma que as relações entre
eles sejam evidentes. Os conceitos aparecem dentro de caixas enquanto que as
relações entre os conceitos são especificadas através de frases de ligação nos
arcos que unem os conceitos. As frases de ligação têm funções estruturantes e
exercem papel fundamental na representação de uma relação entre dois
conceitos. A dois conceitos, conectados por uma frase de ligação chamamos de proposição. As
proposições são uma característica particular dos mapas conceituais se
comparados a outros tipos de representação como os mapas mentais.
O que são mapas conceituais?
Segundo Marx Mapas Conceituais são ferramentas de trabalho que visam a
organizar e representar a inteligencia. São estruturados a partir de conceitos
fundamentais e suas relações. Usualmente, os conceitos são destacados em caixas
de texto. A relação entre dois conceitos é representada por uma linha ou seta,
contendo uma "palavra de ligação" ou "frase de ligação".
Sendo assim, Mapas Conceituais têm por objetivo reduzir, de forma analítica, a
estrutura cognitiva subjacente a um dado conhecimento, aos seus elementos
básicos.
Os Conceitos não ligados por frases de ligação formam
"Preposições", que representam as unidades fundamentais do
conhecimento, as unidades semânticas que compõem a Estrutura Cognitiva.
Mapas Conceituais são mapas a partir de uma Questão Focal e a ela se
relacionam. A Questão Focal representa o contexto do problema que pretende-se
compreender ou representar. A Questão Focal determina, de forma específica, o
domínio do conhecimento a que se relaciona o Mapa Conceitual, bem como a
abordagem. Uma característica fundamental dos Mapas Conceituais é a sua
estrutura hierárquica, partindo dos conceitos mais gerais posicionados no topo
da estrutura, para os conceitos menos gerais em sua base. Tal estrutura,
naturalmente, dependerá da Questão Focal que o Mapa Conceitual pretende
responder.
Mapas conceituais podem ser representações da estrutura mental
subjacente ao indivíduo ou uma representação do próprio conhecimento. Podem
assim ser utilizados em processos de ensino-aprendizagem tanto na pré- e
pós-avaliação conceitual do indivíduo, quanto na apresentação global da área de
uma área do conhecimento.
Técnica de construção de Mapas Conceituais
Uma possível técnica de construção de um mapa conceitual pode seguir as
seguintes etapas:
a) ter, antes, uma boa inteligencia inicial cuja resposta estará
expressa no mapa geografico construído;
b) escolher um conjunto de conceitos (palavras-chave) dispondo-os no final do espaço
onde o mapa será elaborado;
c) escolher um conceito para estabelecimento da(s) relação(ões) entre
eles;
d) decidir qual o par e escrever uma frase de ligação para esse par de
conceitos escolhido;
e) a repetição das etapas c) e d) tantas vezes quanto se fizer
necessário (em geral até que todos os conceitos escolhidos tenham, ao menos,
uma ligação com outro conceito).
Resumidamente, os conceitos se relacionam da seguinte forma:
"conceito" - verbo - "conceito".
Podendo um mesmo conceito estar relacionado a diversos outros.
White e Gunstone,1997, propõem uma seqüência de etapas que auxiliam a
construção de um mapa conceitual:
• Escreva os termos ou conceitos principais que você conhece sobre o tópico
selecionado. Escreva cada conceito ou termo em um cartão.
• Revise os cartões, separando aqueles conceitos que você NÃO entendeu.
Também coloque de lado aqueles que NÃO ESTÃO relacionados com qualquer outro
termo. Os cartões restantes são aqueles que serão usados na construção do mapa
conceitual.
• Organize os cartões de forma que os termos relacionados fiquem perto
uns dos outros.
• Cole os cartões em um pedaço de papel tão logo você esteja satisfeito
com o arranjo. Deixe um pequeno espaço para as linhas que você irá traçar.
• Desenhe linhas entre os termos que você considera que estão
relacionados.
• Escreva sobre cada linha a natureza da relação entre os termos.
• Se você deixou cartões separados na etapa 3, volte e verifique se
alguns deles ajustam-se ao mapa conceitual que você construiu. Se isto
acontecer, assegure-se de adicionar as linhas e relações entre estes novos
itens.
Avaliação de mapas conceituais
A idéia principal do uso de mapas na avaliação dos processos de aprendizagem é a de
avaliar o aprendiz em relação ao que ele já sabe, a partir das construções
conceituais que ele conseguir criar, isto é, como ele estrutura, hierarquiza,
diferencia, relaciona, discrimina e integra os conceitos de um dado minimundo
em observação, por exemplo.
Isso significa que não existe mapa conceitual “correto”. Um professor
e/ou administrador nunca deve apresentar aos alunos o mapa conceitual de um
certo conteúdo e sim um mapa conceitual para esse conteúdo segundo os
significados que ele atribui aos conceitos e às relações significativas entre
eles. Da mesma maneira, nunca se deve esperar que o aluno e/ou
aprendizes/pares, apresentem na avaliação o mapa conceitual “correto” de um
certo conteúdo. Isso não existe. O que o irão apresentar é o seu mapa e o
importante não é se esse mapa está certo ou não, mas sim se ele dá evidências
de que estejam aprendendo significativamente o conteúdo.
A análise de mapas conceituais é essencialmente qualitativa. O
apresentador, ao invés de preocupar-se em atribuir um escore ao mapa traçado
pelos participantes, deve procurar interpretar a informação dada pelo
interessado no mapa a fim de obter evidências de aprendizagem significativa.
Explicações do interessados, orais ou escritas, em relação a seu mapa facilitam
muito a tarefa do orientador nesse sentido.
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
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