Bem-vindo(a) ao Módulo 4!
Bem-vindo(a) ao Módulo 4! Neste
módulo, a Ideia Fundamental da Matemática a ser destacada é a de Interdependência. Por sua importância
na base da construção de vários conceitos propriamente matemáticos e
científicos, seu estudo terá continuidade no Módulo 6. Neste momento, a ideia
de Interdependência será explorada em quatro temas:
- Tema 1 – Regularidades numéricas,
geométricas e algébricas
- Tema 2 – Álgebra
- Tema 3 – Sistemas de coordenadas
- Tema 4 – Definição de um tema para
o artigo de divulgação
Atenção!
Ao fim deste módulo, você
escolherá o tema de seu artigo de
divulgação. Espera-se que as atividades propostas até aqui sirvam de
subsídios para o trabalho que você iniciará. Lembre-se, mais uma vez, de que o
tema do artigo deverá considerar a proposta apresentada no texto Década das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável (Módulo 1), além de um trabalho pedagógico
voltado para a cidadania, os direitos humanos, a sustentabilidade, a melhoria
da qualidade da vida e a conservação do meio ambiente.
Início
de conversa
Ideias Fundamentais fotodezign 3 / Alamy / Glow Images
Considerando o aprofundamento das estruturas da Matemática por meio das Ideias Fundamentais, o professor pode estabelecer relações mais amplas entre os diferentes conteúdos do currículo de Matemática do Ensino Fundamental. Esses conteúdos, por sua vez, contam com várias interligações com tais ideias, não se referindo apenas a uma única Ideia Fundamental.
Dessa forma, Ideias realmente Fundamentais apresentam duas características notáveis que funcionam como critério para distingui-las de outras, menos relevantes. Essas características serão apresentadas a seguir.
Características notáveis_Para conhecer as duas características notáveis das Ideias
Fundamentais, clique nos botões abaixo.
1)A
Ideias Fundamentais mais relevantes estão presentes nos diferentes
assuntos de uma disciplina, possibilitando, consequentemente, uma articulação natural entre esses assuntos, numa espécie de “interdisciplinaridade interna”.
assuntos de uma disciplina, possibilitando, consequentemente, uma articulação natural entre esses assuntos, numa espécie de “interdisciplinaridade interna”.
2)Uma
Ideia realmente Fundamental sempre ultrapassa
os limites do tópico curricular em que se origina ou aquela em relação à
qual é referida. Isto fica bastante claro quando se reflete sobre a ideia de Interdependência. Ela transita pela
Aritmética, pela Álgebra e pela Geometria e transita também, com total
pertinência, pelos terrenos da disciplina de Ciências da Natureza. Em razão
disso, favorece uma aproximação no tratamento dos temas das diversas
disciplinas.
Padrões e regularidades
As Ideias Fundamentais de Equivalência, de Ordem, de Proporcionalidade e de Interdependência
podem ser consideradas como atributos a serem desenvolvidos por meio da
exploração de padrões e regularidades.
À medida que se avança no ensino
de conteúdos da Matemática cada vez mais abstratos, ao longo da aquisição de
conhecimentos na educação básica, pode-se entender que padrões abstratos dos mais variados tipos estão sendo explorados:
padrões numéricos, de formas, de movimento, de variação etc.
Nosso sistema de numeração, os
algoritmos das operações, as frações, as dízimas periódicas e não periódicas,
os múltiplos de um número, os números primos, a simetria, os produtos notáveis,
os métodos de resolução de equações, as relações e funções, a construção e a
análise de gráficos e tabelas são alguns exemplos de conteúdos que apresentam
padrões.
Neste módulo, serão exploradas
algumas ideias relativas à observação e a registros de padrões e regularidades
nos números, na Geometria e na Álgebra.
Quis
:Como Ideia Fundamental, a Interdependência estabelece relações com
vários conteúdos da disciplina de Matemática dos anos finais do Ensino
Fundamental. Com isso em mente, selecione dentre os conteúdos abaixo aqueles
trabalhados nos anos finais do Ensino Fundamental que se apoiam na ideia de
Interdependência.
Para isso clique nos conteúdos à esquerda e clique novamente nos espaços à direita para selecioná-los.
Módulo 4 – Interdependência 1
Como Ideia Fundamental, a Interdependência estabelece relações com vários conteúdos da disciplina de Matemática dos anos finais do Ensino Fundamental. Com isso em mente, selecione dentre os conteúdos abaixo aqueles trabalhados nos anos finais do Ensino Fundamental que se apoiam na ideia de Interdependência.
Regularidades
numéricas
Serão agora abordados alguns conteúdos matemáticos que se apoiam no reconhecimento de padrões e regularidades.
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Que critério você utilizaria para organizar
este conjunto de calçados?
A ideia de razão
Os números racionais são associados à ideia de razão entre dois números inteiros, da qual decorre o fato que uma fração é uma representação possível de um número racional. Contudo, sabe-se que a ideia de razão é mais ampla. Pode-se, por exemplo, falar de “razão entre dois segmentos ou grandezas” sem que estas sejam constituídas ou transformadas em um par de números inteiros. Para esclarecer a diferença entre uma fração e um número racional é importante considerar alguns padrões que se destacam ao se aplicar as ideias de Equivalência e de Ordem. Elas são fundamentais quando diante de um conjunto “bagunçado” de elementos pretende-se organizá-lo segundo algum critério.
Regularidades
numéricas
O ensino de frações
Ao se ensinar frações, um aspecto que
recebe bastante relevância é o da classificação entre frações ordinárias,
decimais, redutíveis ou irredutíveis, próprias e impróprias, além de se
considerar a possibilidade de serem positivas ou negativas. A organização desse
conjunto de frações (isto é, de razões possíveis entre dois inteiros) pode ser
feita considerando-se a equivalência, em uma mesma classe, de todas as frações
que representam a mesma parte da unidade.
Um maior detalhamento desse assunto pode ser encontrado no Volume 1 do Caderno do Professor do 8° ano, Situação de Aprendizagem 1 – Os racionais como mostruário das frações (p. 11-19).
Melhor Gestão, Melhor Ensino – Matemática
Módulo 4 – Proporcionalidade
1 Quiz
Tendo em vista os conceitos apresentados no texto, clique nos itens à esquerda e faça a correspondência com as dimensões à direita, clicando novamente sobre elas.
Regularidades algébricas
Em seu livro Perspectivas em Aritmética e
Álgebra para o século XXI, os autores Romulo Campos Lins e Joaquim Gimenez
trazem para o debate a ideia de que noções algébricas devem ser precedidas de
uma longa aprendizagem aritmética. Na leitura, pode-se identificar elementos
históricos que deram significado a essa “tradição” e tomar contato com
resultados de recentes pesquisas realizadas no Brasil e no mundo sobre o tema.
Em seus levantamentos, os autores consideraram que não há um consenso, prático
e teórico, no que se entende por pensar algebricamente.
O que há é a consideração da
álgebra com base em conteúdos como: equações, cálculos literais e funções.
Aliás, vale notar que em 1707, em sua importante obra intitulada Aritmética
Universal ou Sobre a composição e resolução aritméticas, Isaac Newton
escreve:
“Para se resolver um problema referente a números ou relações abstratas entre quantidades, basta traduzir tal problema, do inglês, ou outra língua, para a linguagem algébrica”.
Melhor Gestão, Melhor Ensino – Matemática
Módulo 4 – Interdependência 1
O
ensino de Álgebra
As observações do tópico anterior revelam-se importantes quando se pensa na elaboração de planos de aula. A visão tradicionalmente aceita e aplicada da Álgebra relativa a esses conteúdos desencoraja a refletir sobre a possibilidade de sua integração com outros assuntos, sobre a diferença entre pensar e fazer Álgebra e sobre a visão de que a atividade algébrica se refere exclusivamente à notação e ao cálculo com letras. Podem ser destacadas, então, três concepções no ensino da Álgebra (de acordo com Lins; Gimenez, 1997). Clique nos botões abaixo para conhecê-las.
Letrista: foco na
simbologia e em sua manipulação. Metodologia pautada na aprendizagem de
técnicas (aprendizado de algoritmos) tomadas como modelo para a resolução de
exercícios. Sua melhor versão está associada ao uso de modelos analógicos
físicos (balanças) ou geométricos (figuras) que estão apoiados na manipulação
de objetos, explorando, assim, aspectos intuitivos do fazer algébrico.
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Estruturalista: com foco nas
propriedades estruturais abstratas relativas às operações matemáticas ou às
transformações geométricas, é uma metodologia também pautada na aprendizagem.
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Funcional: foco na
observação de padrões em que a atividade algébrica se caracteriza pela
expressão da generalidade e pensamento funcional.
Do ponto de vista do planejamento, essa categorização pode servir como referência para o professor identificar, em seus objetivos, a relevância que ele atribui a cada uma dessas concepções.
Do ponto de vista do planejamento, essa categorização pode servir como referência para o professor identificar, em seus objetivos, a relevância que ele atribui a cada uma dessas concepções.
No Currículo de Matemática, embora o estudo algébrico apareça com maior intensidade a partir do 7° ano, há sugestões para ele ser abordado em vários momentos de aprendizagens desde o 6° ano. De maneira geral, o documento oficial destaca os seguintes objetivos: construir ideias algébricas com significado, colocar o aluno como agente principal da construção do conhecimento algébrico, diversificar abordagens para favorecer a construção de significados e o estabelecimento da ideia de Equivalência.
Módulo
4 – Interdependência 1
Regularidades
algébricas: as letras como números
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A
identificação de regularidades tem se tornado uma abordagem importante para que
os alunos experimentem situações de generalização, próprias do raciocínio
algébrico. A Situação de Aprendizagem 1 do Volume 2 do 8° ano (p. 11) apresenta
o título: Aritmética
com álgebra: as letras como números. Embora pareça alinhada com
a concepção “letrista” da Álgebra, o professor observará, em sua pesquisa no
Caderno, que as propostas de trabalho não se reduzem à apreensão de técnicas
com o uso do simbolismo formal. Nelas explora-se a capacidade de pensar
algebricamente por meio de uma diversidade de situações em que os padrões, a
ordem, a equivalência, as regularidades, a variação e a modelagem estão
presentes. Um aspecto relevante nas atividades propostas é o registro de
expressões gerais, isto é, de fórmulas equivalentes de composição dos termos de
uma sequência. Na tela seguinte, você realizará uma atividade sobre esta
temática.
Módulo
4 – Proporcionalidade 1
Cada figura da sequência de bolinhas a seguir está indicada por um número. Quais das expressões abaixo são equivalentes e servem para determinar o número de bolinhas de uma figura genérica n dessa sequência? Clique sobre as respostas que julgar corretas.
Módulo
4 – Interdependência 1 Regularidades algébricas: padrões geométricos e físicos
Abaixo o professor
pode observar situações de aprendizagem que desenvolvem o pensamento algébrico
explorando a sequência e a identificação de regularidades. Nestas atividades, o
aluno é chamado a representar a generalização do termo por meio do uso da
linguagem oral/escrita ou da expressão algébrica. A equivalência entre
expressões algébricas simples e a investigação sobre uma série de regras
algébricas para que aquela equivalência funcione são retomadas em novas
situações em que a abordagem se apoia na relação entre equivalências algébricas
(produtos notáveis) e geométricas (somas de áreas) e equivalências entre
objetos físicos (balanças) e abstratos (equações).
Imagem do Caderno do
professor, 9° ano, v. 2, p.16.
professor, 9° ano, v. 2, p.16.
Imagem do Caderno do professor,7° ano, v. 4, p. 35.
Imagem do Caderno do professor, 8° ano, v. 2,
p. 25.
Experimentoteca
No
site do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da
Universidade de São Paulo (USP), entre outros interessantes dados, há uma série
de artigos que pode auxiliar o professor na elaboração de planos de aula na
seção destinada às pesquisas em educação. Acessando o link abaixo, você
será direcionado a um artigo intitulado Uma
balança para introduzir os conceitos de equação do 1º grau, que faz
parte de um conjunto de propostas divulgadas na seção Experimentoteca. Leia o artigo para responder ao quiz da próxima
tela.
ORIENTAÇÃO
PARA O PROFESSOR
OBJETIVO:
O objetivo desta atividade é trabalhar com as propriedades de igualdade, raízes
de uma equação do 1º grau, equações equivalentes, equações do 1º grau com uma e
duas incógnitas, e sistemas de equações do 1º grau com duas e três incógnitas.
DISCUSSÃO:
Os materiais utilizados serão: 1 balança e cubos com massas variadas. A classe
deverá ser dividida em grupos de 2 a 4 alunos.
IMPORTANTE:
A letra ou o número indicado em cada cubo representa a sua massa. Valores de
cada cubo (apenas para professores):
Cubos
brancos = 20g a = 10g b = 30g
c = 40g d = 20g e = 50g
x = 20g y = 10g z = 30g
v = 40g w = 60g p = 50g
q
= 30g r = 70g.
1- EQUAÇÃO
O que é uma equação? Toda sentença matemática expressa por uma igualdade,
na qual exista uma ou mais incógnitas, é denominada equação.
Exemplos: 2x + 4y = 8 é uma equação com duas incógnitas, x e y. 3z –
2 = 7 é uma equação com uma incógnita, z.
2- RAÍZES DE UMA EQUAÇÃO
As raízes de uma equação são números
que tornam a sentença verdadeira. Por exemplo, considere a seguinte equação:
p + 5 = 14. Se
substituirmos a incógnita p pelo número 9, teremos: 9 + 5 = 14. 14 = 14
E como esta
sentença é verdadeira, segue que o número 9 é raiz da equação dada.
Obs:
Conjunto Universo –
Contém todas as possíveis soluções. Indica-se por U.
Conjunto Verdade –
É o conjunto dos valores de U que
tornam verdadeira a equação. Indica-se por V.
Podemos
determinar a raiz de uma equação com o auxílio da balança. Veja o exemplo a seguir:
Exemplo: Considere
a equação x + a = b e o seguinte
conjunto universo U={a,b,c,d,e}.
Utilize a
balança para determinar o valor x.
Resolução: Coloque os cubos
expressos pelo 1º membro da equação em um dos pratos da
balança e o cubo
expresso pelo 2º membro no outro prato. Como não conhecemos a incógnita x,
devemos fazer um
teste com cada elemento do nosso conjunto universo. Aquele que deixar a
balança em
equilíbrio será a solução (raiz) da equação. A resposta deste problema é x = d.
Exercícios:
1) Utilize
a balança para encontrar as raízes das equações abaixo, sendo U={a,b,c,d,e} o
conjunto das possíveis soluções.
a) t + b
= c (Resp: a) b) s = b
+ d (Resp: e)
2) Sabendo-se
que a =1g e b = 3g , determine as massas c,d
e e. (Dica: Utilize as equações anteriores.) (Resp: c=4g , d=2g e
e=5g)
3- EQUAÇÕES EQUIVALENTES
Duas ou mais
equações que apresentam a mesma solução ou raiz são denominadas equações
equivalentes.
Exemplo: q + 3 = 4 e 7 – q = 6 são equivalentes pois apresentam q = 1 como raiz.
Princípio aditivo: Quando subtraímos ou adicionamos um
mesmo número aos dois membros de uma equação, obtemos uma equação equivalente à
equação dada.
Exemplo: Considere
a seguinte equação: r – 3 = 9.
Se adicionarmos
o número 3 aos dois membros desta igualdade, obteremos a equação r = 12 que é equivalente à equação
inicial:
r – 3 + 3 = 9 + 3 r = 12
A seguir,
usaremos a balança e alguns cubos para determinar equações equivalentes.
Utilizaremos cubos com massas 1 grama e x gramas.
Considere a
equação:
x + 1 = 3 Coloque os cubos
na balança conforme indicado nesta equação (veja figura abaixo). O equilíbrio
da balança é devido à igualdade entre os membros x + 1 e 3.
Acrescente 1
cubo de 1grama a cada prato e observe que a balança continua em
equilíbrio.
Veja o que foi
feito:
x + 1 = 3 (equação
dada inicialmente, com conjunto solução S={2})
x + 1 +1 = 3 +1 (adição
de 1 grama a cada membro da equação)
x + 2 = 4 (equação
equivalente à equação dada, pois S={2})
(ii) Faça
agora o contrário: ao invés de acrescentar, retire 1 cubo de 1 grama de
cada prato. A balança permanecerá em equilíbrio.
Veja o que
fizemos:
x + 1 = 3 (equação
dada inicialmente, com conjunto solução S={2})
x + 1 – 1 = 3 – 1 (subtração
de 1 grama a cada membro da equação)
x = 2 (equação
equivalente à equação dada, pois S={2})
Utilizando a
balança e os cubos com massas: 1 grama, v gramas, w gramas, y gramas e z
gramas, resolva os
exercícios abaixo.
Exercícios:
1) Identifique
os pares em que as equações são equivalentes:
(X) z + 2 = 5 e z = 3
( ) y + 1 = 3 e y = 1
(X) y + 3 =4 e y + 1 = 2
2) Escreva,
na forma mais simples, uma equação equivalente a cada uma das equações dadas:
a) v + 3 = 7 (Resp: v = 4)
b) 8 = w + 2 (Resp: w = 6)
Princípio Multiplicativo: Quando multiplicamos ou dividimos por um
mesmo número os dois membros de uma equação, obtemos uma equação equivalente à
equação dada.
Exemplo: Considere
a seguinte equação: 3x = 6.
Dividindo ambos os membros desta igualdade por 3, obtemos a equação x = 2 que é equivalente à equação
inicial 2 .
3X/3 = 6/3 Considere agora
a seguinte equação: 2x = 4.
Encontraremos
uma equação equivalente a esta com a utilização da balança e dos cubos de
massas 1
grama e x gramas.
Coloque os cubos
na balança conforme indicado na equação acima (veja figura abaixo).
1) . Dobre a
quantidade de cubos em cada prato (o que significa multiplicar os dois membros
por
2). Observe que
a balança permanece em equilíbrio.
Veja o que foi
feito: 2x = 4 (equação dada
inicialmente, com conjunto solução S={2})
2.(2x) = 2.4 (multiplicação dos
dois membros da equação por 2) 4x = 8 (equação
equivalente à equação dada, pois S={2})
(ii) Faça
agora o contrário: deixe apenas a metade da quantidade de cubos em cada prato
(o que significa dividir os dois membros por 2). A balança continuará em
equilíbrio.
Veja o que
fizemos:
2x
=
4 (equação inicial, com conjunto
solução S={2}) 2x/2=4/2 .
(divisão dos dois membros da equação por 2)
x = 2 (equação equivalente à equação dada,
pois S={2}).
Utilizando a
balança e os cubos com massas: 1 grama, v gramas, w gramas, y gramas e z
gramas, resolva os
exercícios abaixo.
Exercícios:
1) Identifique
os pares em que as equações são equivalentes:
( ) 4y = 4 e y = 2
(X) 2z = 6 e z = 3
(X) y = 1 e 3y = 3
2) Escreva
na forma elementar uma equação equivalente a cada uma das equações dadas:
a) 3v = 12 (Resp: v = 4)
b) 2w + 3 = 15 (Resp: w = 6)
c) 2v + 2 =10 (Resp: v = 4)
4- EQUAÇÕES DO 1º GRAU COM UMA INCÓGNITA
Toda equação
que, quando reduzida, assume a forma ax = b, onde x é uma
incógnita e a e b
são números
racionais (com a ¹ 0), é denominada equação do 1º grau com uma incógnita.
Os
números a e
b são denominados coeficientes da equação.
Exemplos: x = 10
7x – 2 = 6x + 11_
x = 13 (forma reduzida)
3y = 21
Exercício: Coloque
5 cubos brancos no 1º prato da balança e 2 cubos brancos mais 1 cubo
de 6 gramas no
2º prato e responda: a) Qual é a
equação que representa a situação descrita? (Resp: 5x=2x+6)
b) Escreva
a equação na forma reduzida ax = b . Quem são os coeficientes a
e b? (Resp: 3x=6, a=3 e b=6)
c) Utilizando
os princípios aditivo e multiplicativo, determine a massa de cada cubo branco. (Resp:
2 gramas
Toda equação que
pode ser reduzida a uma equação equivalente da forma ax + by = c, com a
¹ 0 e b ¹ 0, denomina-se equação do 1º grau com duas
incógnitas. Os números a, b e c são denominados coeficientes
da equação.
Exemplos:
12r + 3s = 20
2p – 5q = 12
m + n = 3
Considere a
equação: x + y = 5
Se o domínio
considerado for o dos números naturais, as soluções desta equação são os pares
ordenados: (1,4), (2,3), (3,2) e (4,1).
(Explicar para
os alunos o que é domínio caso não saibam.)
Agora, se o
domínio considerado for o dos números reais, teremos infinitas soluções, como
por exemplo: 1,7 + 3,3 = 5 ou 3,75 + 1,25 = 5.
Qualquer par
ordenado (x,y) Î t é solução da equação x+y=5, com x,y Î
R.
Exercício: Encontre,
utilizando a balança, as possíveis soluções da equação
m + n = 7, com m,N
e ÎN .
6- SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU COM DUAS INCÓGNITAS
Resolver um
sistema de duas equações do 1º grau com duas incógnitas x e y significa
determinar o único par ordenado (x,y)
que é solução do sistema. Exemplo: O
par ordenado (12,5) é a única solução do sistema
x + y = 17
2x – y = 19
Considere a
seguinte situação: temos dois cubos com massas desconhecidas, y e z.
Nosso objetivo é determinar tais massas e para isso podemos utilizar a balança
e apenas pesos de 2 gramas.
Primeiro, tente
pesar os cubos y e z separadamente. Você verá que isso não é
possível (a balança não atingirá o equilíbrio, independente da quantidade de
cubos de 2 gramas que for utilizada).
O que podemos
concluir a partir disso? Que os valores das massas dos cubos y e z não
são múltiplos de 2, ou seja, são valores ímpares.
Mas, a soma de
dois números ímpares resulta em um número par. Assim, se colocarmos y e z
num dos pratos e
2 cubos de 2 gramas no outro, a balança ficará em equilíbrio.
(Verifique!)
Logo,
y + z = 4 Além disso, sabemos que a diferença entre dois números ímpares
distintos também resulta
em um número par. Coloque então y em um dos pratos e z no
outro. A balança ficará em desequilíbrio
Se
acrescentarmos um cubo de 2 gramas ao prato onde está o cubo y,
teremos o equilíbrio da balança.
Logo, z– y =
2 (2)
Temos então um
sistema formado pelas equações (1) e (2):
y + z = 4
z – y = 2
E resolvendo
este sistema, obtemos os valores desejados: y = 1g e z = 3g
Exercício: Com o auxílio da
balança e de cubos com massas iguais a 2 gramas, descubra quanto pesa os
cubos p e q.
(Resp: p=5g e
q=3g)
Desafio: Utilize a
balança e os cubos com massas iguais a 3g, 5g e 7g para
descobrir o “peso” dos cubos y, x e v.
(Resp: y=1g,
x=2g e v=4g).
Melhor Gestão,
Melhor Ensino – Matemática
Módulo 4 –
Interdependência 1
Regularidades
numéricas e geométricas Metta foto /
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As regularidades
numéricas e geométricas e a possibilidade de expressá-las por intermédio de
sentenças matemáticas constituem importante contexto para a introdução do
estudo que se pode denominar "Pré-álgebra". Ao se elaborar sequências
de atividades nas quais os alunos são exigidos a identificar a regularidade
entre um termo e sua posição na sequência ordenada e, além disso, convidados a
representar tal regularidade por intermédio de uma "fórmula", está
sendo traçado um percurso diferente, em essência, dos caminhos anteriores nos
quais os alunos eram informados de que podiam representar "um número
qualquer" pela letra x e, em seguida, eram questionados sobre
como representar, por exemplo, um número mais 1, o dobro de um número, o triplo
de um número menos 2 etc.
Um número
|
O dobro de um
número
|
O triplo de
um número menos 2
|
A metade de
um número
|
O quadrado de
um número mais 5
|
x
|
2x
|
3x – 2
|
x/2
|
x² + 5
|
A representação
de condições como essas, feita sem o devido contexto, não serve para evidenciar
a relação intrínseca que existe entre a ideia da Interdependência e o estudo
algébrico. Nas telas anteriores, foram apresentadas propostas de abordagem que
consideram tal relação e, agora, na sequência, o espectro será ampliado um
pouco mais.
No artigo Álgebra:
das variáveis às equações e funções, as autoras Eliane Reame de Souza e
Maria Ignez de Souza Vieira Diniz apresentam uma série de atividades que podem
ser aplicadas aos alunos nos anos intermediários do Ensino Fundamental. Clique
no link abaixo e leia o texto disponibilizado.
Álgebra: das
variáveis às equações e funções
Exemplo
de atividade 1
Sabe-se que a área de um retângulo é o produto de
suas dimensões, ou seja, medida da base vezes medida da altura ou, ainda,
medida do comprimento vezes medida da largura.
O retângulo representado a seguir obedece a uma
condição interessante: a medida de seu comprimento (AB) é 2 unidades maior do
que a medida de sua largura (BC). Isto quer dizer que, se a largura for de 2 m,
o comprimento será de 4 m e a área, de 8 m² . E que, se a largura for de 10 m,
o comprimento será de 12 m e a área de 120 m². Se a largura for denominada x,
o comprimento deverá ser denominado x + 2, certo? Nesse caso:
a) Qual será a medida da área no caso do
comprimento ser de 20 m?
b) Qual será a medida da área se a largura for 8 m?
c) Qual será a expressão de cálculo para a área A
em função da medida x do comprimento?
d) Use a expressão que você determinou para calcular
o valor de A quando x = 5.
e) Usando cálculo mental, descubra o valor do
comprimento no caso da área ser igual a 99 m²
Exemplo de
atividade 2
Dividindo o
retângulo ABCD do exemplo anterior em um quadrado e outro retângulo, separando
as 2 unidades a mais do comprimento, será obtida uma figura como a seguir.
Se antes a
medida do comprimento era representado por x + 2, agora as medidas AD e DG são
iguais a x, certo? Quer dizer, AFGD é um quadrado.
a) Qual é,
agora, a área do quadrado AFGD quando x = 6 m?
b) Qual á a área
do retângulo inicial ABCD, se x = 6 m?
c) Escreva uma
expressão para o cálculo da área do quadrado AFGD em função da medida x
do lado.
d) Escreva uma
expressão para o cálculo da área do retângulo FBCG em função da medida x
da largura.
e) Escreva uma
expressão para representar a área do retângulo inicial, considerando que ele
foi separado nas duas partes.
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